Então recolhida no meu silêncio
E em todo azedume derramado em cima da minha poesia
De repente sou tomada pela primeira vez em dias
Pela imagem inteira de uma mulher
Pairando morna acima do meu corpo
Sorrio
Antes disso eu sonhava com um corredor
E antes ainda cantava pela casa lavada
E antes vociferava andando em roda como numa jaula
De dentro da armadilha sinto um perfume bom
De dentro não alcanço nada além de aromas
Uma caverna de Platão às cegas
Invadida pelo bafo quente do corpo desta mulher
Docemente roubando minha paz
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