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domingo

A sorte de um amor tranquilo

Resumo do fim do dia - Noite com sereno e frio. A mulher veio à minha porta pedir comida pro menino pequeno. Eu dei. Tive vergonha de perguntar o nome dela.



Contos em poucas linhas - Não sabia quem era o pai. A mãe não gostava dela. Ela engravidou. Para seu azar, era menina. Moram na rua.



O feicebuque, me trouxe hoje como lembrança esses dois contos que postei por lá em 2010. Deu uma sensação dos meus diários onde escrevia tudo e depois revisitava as datas e as coisas que vivera e quem eu fora. Manter um diário era um exercício de viver comigo e poder ser sincera e criativa. Fiquei anos sem escrever diários até que voltei a essa prática há cerca de dez anos.
De vez em quando releio e-mails antigos e a sensação é a mesma de quando relia cartas. Ou quase a mesma sensação uma vez que as palavras estão ali mas não o fetiche do papel.
Sublimei alguns fetiches. Esse do papel segue comigo, mas agora vai aplicado ao meu teatro, a bugigangas e cacarecos de papel que acumulo, à minha coleção de revistas e fanzines, que mantenho mínima, mas comigo.
Tenho pensado muito em minha amiga Silvia me dizendo para escrever e procuro manter frequente este hábito que me habita e que alguns dizem ser um dom, embora eu discorde nesse caso.
E, muito embora discorde, quero seguir o conselho de Silvia que foi-se para o outro lado do mistério faz um ano. Motivada então pelo amor dessas lembranças faço presente um novo conto expresso, um conto mínimo, uma figura ex-cripta...


Contos em linhas gerais - Foi um amor tranquilo. Passou feito vento até dar seu último suspiro.

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