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segunda-feira

Holograma de Memórias

Espremeu, torceu
não escreveu,
esqueceu

Mas outro poeta-muso
outra vez apareceu
do poema-pele

Ao arrepio na pele
dos meus poemas-peitos
pequenos

Delitos e delícias
poesia-porta
dobradiça-verso

Vice, vixe, vire
folhas soltas
livros leves

Daqueles que a gente não quer que acabe e relê
Daqueles feitos pra levar no rolê

Da musa tatuada
cujas palavras eram asas
cheias de feitiço xavante

Ao arremesso búdico
E os caminhos que se bifurcam de Borges
Deletados em três linhas de Cortázar

Do amor leigo
ao auto didatismo
da identidade de gênero

Humana humús úmida
De uma promessa pra Santo Antônio
à Senhora Santana cantando com um menino sagrado nos braços

braços humanos de santa
num puta milagre
de hologrAMAdores


(para o Alessio, Anderson, Tatiana e Heron que me inspiram até em sonhos)


Um comentário:

Alessio Di Pascucci disse...

Senti-me num colo de afeto. Li a identidade do Abraço em cada verso. Obrigado pelo aconchego.