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terça-feira

Tem dias que eu acordo punk pra caralho.

O som do meu computador já era e estou sem socorro.
Liguei o radinho da cozinha. Rádio Universitária tocando MPB tipo cantoras afinadinhas com aquela voz fininha e doce. Não dá. Tem dias que prefiro procurar uns programas na AM, com aqueles locutores malucos gritando, falando qualquer coisa que lhes passa pela cabeça, de improviso muitas vezes. Gosto de rádio.
Eu gostava de ouvir em São Paulo os programas do Eli Correia, o Homem Sorriso do Rádio Brasileiro. E eu achava que era do radio brasileiro mesmo, mas foi só me mudar de cidade pra descobrir que era puro slogan. Marketing do cara. Nos anos 80 não chamava marketing, claro!
Eu... tô em suspenso. Na verdade ando abusando um pouco do café. Tô sentindo que isso é sintoma de falta de música. Adoro música enquanto tô fazendo as coisas. Hoje por exemplo eu acordei punk pra caralho, mas pode ser que amanhã eu acorde com uma puta vontade de ouvir um sambão. Não tem coisa melhor que fazer comida, trabalhar, pensar, fumar, beber, tomar banho (nossa e tomar banho!!!!!) ouvido música.
O punk rock é a trilha sonora perfeita pra quase todas as tarefas cotidianas, porque não precisa de muito neurônio pra absorver. Na verdade o punk não entra nem pelas orelhas, entra pela pele. Assim como samba entra pelas plantas dos pés e música clássica pela raiz dos cabelos.
Mas hoje eu daria tudo pra ter um show ao vivo pra ir, ficar do lado da caixa e de vez em quando mergulhar sem nem olhar no meio da roda sentindo os golpes do baixo, da bateria e das porradas na pele.

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