Nos movimentos do corpo, o corpo cresce
O duplo de mim
eu encontro até no vazio da solidão
Nas palavras, me enredo
meu enredo de liberdade
dá licença, que eu mesma faço
Esta busca, esta espera
sem desespero
Nunca foi fácil, aí está a graça
Estes hai kais de pé quebrado
só são úteis para mim
Arte não precisa ter utilidade pra mais ninguém
Minha sombra me acompanha
mesmo que eu torça a coluna
Mesmo que eu folgue
Walt Whitman, Ginsberg, Bukowski
é de um homem assim que eu preciso
Ou não
A mulher que, virgem, pariu um menino santo
e os meninos demoníacos
que ninguém nunca pariu
Meu corpo, meu espírito, minha força
Atravessar as margens
em direção ao infinito
Minha poesia inútil
ainda bem que não tenho pretensões
Como era gostoso meu Português!
Meus amantes ausentes
não servem pra nada agora
Gozo a solidão de ser sem precisar de ninguém aqui
Minha fúria
Meu ego
Que bom! Que saco!
Plurais
Porque de singular
já basta a vida
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